Nesta terça-feira (24), em meio a um cenário de guerra no Rio de Janeiro, o presidente Lula (PT) se pronunciou sobre a possibilidade de uma intervenção federal na segurança do estado. A fala ocorre após o governador do RJ, Cláudio Castro (PL), pedir ajuda das Forças Armadas no combate ao tráfico de drogas no local.
As falas ocorreram durante o podcast semanal de Lula "Conversa com o Presidente", que retornou nesta terça, após o presidente passar semanas sem realizá-lo, por estar se recuperando de dois procedimentos cirúrgicos.
Lula negou intervenção federal no Rio de Janeiro e chama de "pirotecnia" ação de 2018
Em resposta às mobilizações de Cláudio Castro e do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), para abastecer de membros da Força Nacional o Rio de Janeiro, Lula declarou que o governo não fará uma intervenção federal no estado.
Lula afirmou que o problema na segurança do Rio de Janeiro "é um problema do Brasil" e que buscará tomar decisões em conjunto com o governo estadual, mas que não realizaria uma intervenção federal como a ocorrida em 2018.
Segundo Lula, o governo não irá "lavar as mãos", mas também não deseja "pirotecnia" e que a última intervenção federal no Rio de Janeiro "não ajudou em nada". Por isso relatou que "não queremos intervenção no Rio, que não ajudou em nada. Não queremos tirar autoridade do governador ou do prefeito. Queremos compartilhar uma saída".
Ainda sobre o assunto, o presidente afirmou que está mantendo conversas com os ministros Flávio Dino e José Múcio (Defesa) para que seja definido "como podemos ajudar mais, sem passar a ideia de que as Forças Armadas foram feitas para combater o crime organizado".
Baseado nesses impasses sobre a segurança nos estados brasileiros, Lula declarou que estudava recriar um Ministério separado para Segurança Pública.