Presidente do Itaú descarta crédito consignado para público do Auxílio Brasil

Na Febraban, Bolsonaro pediu aos bancos que juros cobrados na linha de crédito sejam reduzidos

O presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, descartou, nesta terça-feira (9), a possibilidade do banco oferecer a linha de crédito consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil, sancionado na última semana pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). “Entendemos que não é o produto certo para o público vulnerável. Dessa forma, o banco decidiu não operar”, disse. De acordo com Maluhy Filho, esta modalidade está disponível apenas para o público do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Ele afirmou que a decisão de não operar com beneficiários do Auxílio Brasil se deve pelo caráter temporário do benefício. Além do Itaú Unibanco, o banco Bradesco também não tem a intenção de operar os empréstimos consignados para os beneficiários do Auxílio Brasil. A informação foi confirmada, na sexta-feira (5), pelo presidente do banco, Octávio de Lazari Junior. Nesta terça-feira (9), Bolsonaro pediu aos bancos que os juros cobrados na linha de crédito consignado sejam reduzidos. “Faço um apelo para vocês. Vai entrar o pessoal do BPC no empréstimo consignado. Isso é garantia, desconto em folha. Se puderem reduzir o máximo possível, porque ainda estamos no final da turbulência, para que todos nós possamos cada vez mais mostrar que o Brasil não é mais um país do futuro, é do presente”, comentou na sede da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo.

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