Polícia Civil de Minas Gerais participa de operação nacional contra pedofilia

"Black Dolphin" foi o nome dado à operação nacional de combate à pedofilia, deflagrada, nesta quarta-feira (25), com a participação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A operação foi desencadeada pela Polícia Civil de São Paulo, e teve apoio das polícias mineira, do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Ao todo, foram 219 alvos, sendo 212 em São Paulo, três em Minas, outros três no Rio Grande do Sul e mais um no Rio de Janeiro. A PCMG cumpriu mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte; Lavras, no Sul do estado; e Santos Dumont, na Zona da Mata.   A matéria continua após a publicidade www.funerariaitapax.com.br/ Link para baixar o aplicativo Durante ação, ainda foram efetuadas três prisões em flagrante. Segundo o delegado Diego Lopes, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), sediada na capital, os suspeitos poderão responder, a princípio, pelos crimes de armazenamento de pornografia infantil, com pena de 1 a 3 anos de prisão, e de compartilhamento de materiais dessa natureza, cuja pena é de 3 a 6 anos. "Contudo, existe a possibilidade de figurar outros crimes, como organização criminosa, o que demanda avanço nas investigações", complementa, ao concluir que novos desdobramentos poderão ocorrer a partir da intervenção dessa quarta-feira (25).   Sonora com o Delegado Diego Lopes [audio mp3="https://destaknewsbrasil.com.br/wp-content/uploads/2020/11/Sonora-Delegado-Diego-Lopes.mp3"][/audio] Na capital   A equipe da Depca, em Belo Horizonte, cumpriu mandado de busca e apreensão no bairro Itapoã, região da Pampulha, onde foram apreendidos materiais de cunho pedopornográfico. Já a prisão em flagrante do alvo, um homem de 36 anos, ocorreu na Serra, estado do Espírito Santo. Ele, que tem um filho de 13 anos e mora com a mãe, afirmou aos policiais civis ser consumidor desse tipo de conteúdo.   Em Lavras   Na cidade de Lavras, durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, foram arrecadadas diversas mídias e hardwares contendo imagens de pornografia infantil, captadas pela internet e produzidas pelo suspeito, de 34 anos. Ele foi preso em flagrante e autuado pelos crimes previstos nos artigos 240 e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei 8.069/90, depois encaminhado ao sistema prisional. A ação contou com seis policiais civis. [caption id="attachment_78454" align="alignnone" width="800"] Foto: Polícia Civil/Divulgação[/caption] Em Santos Dumont   A PCMG também cumpriu mandado de busca e apreensão no município de Santos Dumont, e ainda prenderam em flagrante um suspeito, de 39 anos. Com ele, foram apreendidos diversos materiais com conteúdo pedopornográfico, entre fotografias, mídias digitais e filmes, além de munições. O homem foi levado à delegacia para prestar esclarecimento e, em seguida, encaminhado a unidade do prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.   Sobre a operação   Fruto de investigação iniciada em 2018, a "Black Dolphin", considerada o braço da operação Luz da Infância, foi desencadeada a partir do fato de que um suspeito tinha pretensão de “vender” a sobrinha para pessoas envolvidas em trabalhos sexuais na Rússia. A ideia dele era levar a menina à Disney, na Europa, e alegaria o desaparecimento dela no parque.   Com monitoramento mais amplo, incluindo a “deep web”, a investigação aponta para uma rede de predadores sexuais, principalmente infantojuvenis, que produzem, vendem e compram vídeos de crianças em situações de vulnerabilidade sexual, com indícios de sequestro e tráfico de crianças e de jovens para fins de exploração sexual.

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