Em menos de 12 horas, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) identificou e prendeu em flagrante dois integrantes de uma organização criminosa apontados como responsáveis por incêndios a cegonheiras no estado. As prisões ocorreram em um posto na BR-381, altura do município de Oliveira, no Centro-Oeste mineiro. Eles são suspeitos de provocar incêndios, na madrugada de quarta-feira (4), em três caminhões carregados com veículos de uma montadora, na MGC-135 altura de Curvelo, região Central.
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As investigações começaram na Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Roubo a Banco, do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), há um mês, quando a primeira cegonheira de uma empresa foi incendiada em Goiana, no estado de Pernambuco. Segundo informações do setor de inteligência da PCMG, teriam fortes indícios de que este tipo de crime se repetiria e que atingiria Minas Gerais.
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Com os levantamentos e já munidos de informações relevantes sobre os crimes, uma equipe da Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Roubo a Banco, imediatamente após tomar conhecimento do fato em Curvelo, iniciou a busca pelos suspeitos. As investigações sugerem que os envolvidos teriam ligação com uma organização criminosa de São Paulo. Com as apurações no local e consultas em sistemas policiais, foi possível identificar os suspeitos e o veículo que eles estavam conduzindo.
A partir daí, com o apoio do setor de inteligência da PCMG e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os policiais seguiram em busca dos investigados. Após aproximadamente quatro horas, dois suspeitos foram presos no estacionamento do posto na BR-381. Ambos têm 39 anos, são do estado de São Paulo, e considerados de alta periculosidade pelo envolvimento com grupos criminosos. Eles possuem grande número de registros policiais e processos judiciais em andamento.
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Foto: Polícia Civil/Divulgação[/caption]
Segundo Rafael Horácio, delegado responsável pelo caso, “acredita-se que os suspeitos vieram para Minas Gerais exclusivamente para cometer os crimes. A investigação aponta que a motivação seria enfraquecer a empresa que locava os caminhões, para que a organização criminosa pudesse atuar neste ramo mercadológico e transportar armas e drogas nos veículos, livremente, em todo o território nacional”, explica.
Nos ataques, mais de 40 veículos foram incendiados, mas ninguém ficou ferido. “A ação rápida, com equipes empenhadas da Polícia e o apoio da PRF, foi fundamental para esse excelente resultado, que culminou na prisão da dupla” conclui o delegado César Matoso, chefe da Divisão Operacional do Depatri.
Após a formalização do procedimento, os investigados foram encaminhados ao sistema prisional. As investigações continuam a fim de identificar e prender os demais envolvidos.
