Juiz manda liberar trio preso com 133 kg de maconha e critica abordagem da PMR

O Brasil virou uma piada, a Polícia prende de e a justiça e a justiça solta, com isso as leis ficam cada dia mais flexíveis para quem vive no mundo do crime. Uma decisão judicial libertou um homem e duas mulheres, presos na última sexta-feira (23), no interior paulista, levando 133 kg de maconha em um carro. O juiz que determinou a soltura do trio não aceitou os argumentos dos policiais e ainda criticou a abordagem dos PMs.   A matéria continua após a publicidade Link para baixar o aplicativo www.funerariaitapax.com.br/ Além de Fredson Carvalho de Lima, de 35 anos, e Juliane Sabrina Tavares de Souza, de 22, os policiais prenderam Suzana Nogueira da Silva, 35, e encaminharam duas crianças que estavam no carro ao Conselho Tutelar, conforme versão da polícia militar rodoviária (PMR) e apuração do UOL. Ainda segundo a PMR, o menino, de um ano, é filho de Fredson e a menina, de 3 meses, é filha do casal. Os policiais alegam que o suspeito confessou ter conhecimento da droga no veículo e que receberia R$ 15 mil para levar a carga até Ribeirão Preto, no interior paulista, mas negou que as mulheres tinham ciência da droga. Ao prestarem depoimento à polícia civil, todos os detidos se reservaram ao direito de permanecer em silêncio. No momento da abordagem, os policiais disseram que a droga estava inserida nos bancos do veículo e embaixo do carpete, além do “cheiro insuportável” no local. O motorista também apresentava um comportamento visto pelos policiais como “certo grau de nervosismo”.

Decisão do Juiz

Segundo a decisão, o juiz Marcílio Moreira de Castro, da Comarca de Araçatuba, exigiu a soltura dos três suspeitos, pois, segundo ele, o trio foi detido em “prisão em flagrante ilegal, por não cumprir os requisitos previstos no ordenamento jurídico”. Além disso, o juiz criticou a abordagem dos policiais e que verificação no veículo só poderia ter sido feita com mandado de busca e apreensão. “Em seus termos de depoimento, os policiais não esclareceram em que consistiria o suposto ‘grau de nervosismo’. Sequer informaram se haveria muito ou pouco nervosismo. Apenas um genérico ‘certo grau’ de nervosismo”, escreveu Castro.

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