(Bibliomed). Pesquisadores da Universidade de Alberta estão se preparando para iniciar testes clínicos com um medicamento usado para curar uma doença mortal causada por um coronavírus em gatos, e que eles acreditam que também será eficaz como um tratamento para humanos contra COVID-19.
"Em apenas dois meses, nossos resultados mostraram que a droga é eficaz na inibição da replicação viral em células com SARS-CoV-2", disse Joanne Lemieux, professora de bioquímica da Faculdade de Medicina e Odontologia. “É muito provável que esta droga funcione em humanos, por isso estamos encorajados que será um tratamento antiviral eficaz para pacientes com COVID-19”.
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A droga é um inibidor da protease que interfere na capacidade de replicação do vírus, encerrando assim uma infecção. As proteases são essenciais para muitas funções do corpo e são alvos comuns de medicamentos que tratam de tudo, desde pressão alta até câncer e HIV.
Estima-se que cinco a 10 por cento de todos os novos medicamentos em desenvolvimento no mundo sejam inibidores de protease. Eles têm sido usados com sucesso para combater doenças, incluindo hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva, HIV, diabetes tipo 2 e até câncer.
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A COVID-19 é causada por um vírus de ácido ribonucleico (RNA), assim como muitos outros vírus infecciosos, como Ebola, hepatite C, Nilo Ocidental e poliomielite. As proteases são enzimas que permitem que o vírus se replique dentro de um hospedeiro humano.
Quando o vírus entra na célula, o RNA é traduzido em um polipeptídeo - uma longa cadeia de proteína única - e a protease divide essa longa cadeia em muitas partes diferentes, que então causam o dano ", explicou Lemieux.
"Se a protease não funcionar, o vírus não pode se replicar na célula, e então se torna um alvo antiviral bastante evidente", disse ela.
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Outro bom sinal é que um derivado do mesmo inibidor de protease foi recentemente demostrado por pesquisadores veterinários americanos como sendo capaz de curar gatos de peritonite infecciosa felina, uma doença causada por coronavírus que quase sempre é fatal para os animais.
"O composto principal levou a curas ou remissões significativas em todos os gatos", afirmaram os pesquisadores.
"É muito empolgante que a droga seja eficaz e tolerada em gatos", disse Lemieux, advertindo que ainda deve ser comprovada e testada em humanos.
Fonte: Press Release. University of Alberta. Canadá.
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