Operação "Cafezinho" investiga corrupção ligada ao agronegócio em Minas Gerais

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Uberaba, no Triângulo Mineiro, participou, nesta sexta-feira (31), da operação “Cafezinho”. A ação teve por objetivo o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão contra suspeitos de corrupção ligados ao agronegócio. Iniciadas em janeiro de 2019, as investigações indicaram que os suspeitos estariam envolvidos na falsificação de documentos públicos - Guias de Trânsito Animal (GTA) e notas fiscais de compra e venda de gado - e inserção de dados falsos em sistemas de informações, além de reiteradas práticas de corrupção ativa e passiva.   A matéria continua após a publicidade DestakNews-Apps no Google Play Foi apurado que um funcionário do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) estaria envolvido na alteração de cadastros de produtores, em lançamentos fictícios de movimentação de gado, assim como modificando a expedição de notas fiscais, dentre outras práticas. A finalidade era “ajustar” movimentações de gado que ocorreram clandestinamente, sem pagamento de impostos. As investigações constataram o recebimento de propina por parte do agente, bem como a identificação dos corruptores, que repassavam os valores indevidos frequentemente ao funcionário do IMA. O investigado utilizava contas própria e da filha para recebimento da propina, arrecadando, pelo menos, R$ 100 mil ao longo de um ano e nove meses. Além do funcionário do IMA, uma empresária do ramo de transporte de gado também foi alvo de buscas. Durante o período das investigações, foi configurada a prática de corrupção ativa por parte dela, que realizava transferências mensais ao agente público. No decorrer dos levantamentos, também foram identificadas diversas pessoas ligadas ao agronegócio suspeitas de praticar atos de corrupção e/ou falsificação documental. Participaram da operação três Promotores de Justiça, um Delegado e outros seis policiais civis, um policial penal, agentes do Gaeco, sete policiais militares e seis agentes da Receita Estadual. Com informações do Ministério Público.

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