Bolsonaro ironiza vírus ao criticar quarentena e utiliza a palavra "gripezinha" para se referir à covid-19

Em um pronunciamento oficial realizado na noite desta terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro foi novamente na contramão do mundo e voltou a minimizar a pandemia do coronavírus. Além disso, o chefe de estado voltou a criticar a imprensa por suposta "histeria", ao dar parabéns aos veículos de mídia que passaram a pedir calma para a população e também utilizou novamente a palavra "gripezinha" para se referir à covid-19.

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Ele ainda criticou prefeitos e governadores que decretaram quarentena, e disse que o "Brasil não pode parar" e que "não se pode abraçar o conceito de terra arrasada". "Temos que voltar à normalidade", afirmou Bolsonaro.
O presidente ainda disse que, por conta do seu "histórico de atleta", não sentiria os efeitos caso tivesse pegado a doença. "Nada sentiria ou, quando muito, seria acometido por uma gripezinha ou resfriadinho", disse o presidente, citando um depoimento feito por "aquele médico, daquela emissora", em referência ao Dr.Drauzio Varella, da TV Globo.

Confira o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na íntegra:

O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP)diz que fala de Bolsonaro na TV é 'grave' e que país precisa de 'liderança séria'.

 
O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), divulgou uma nota na noite desta terça-feira (24) na qual afirmou que a fala do presidente Jair Bolsonaro em pronunciamento na TV foi "grave" e que o país precisa de uma "liderança séria".
Na noite desta terça, Bolsonaro fez um pronunciamento em rede nacional no qual pediu "volta à normalidade" em meio à pandemia do novo coronavírus e o fim do "confinamento em massa". Afirmou também que meios de comunicação espalharam "pavor" na população.
"Neste momento grave, o país precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção ao Covid-19", afirmou Alcolumbre.
Para o presidente do Congresso, o momento não é de "ataque" à imprensa e aos gestores públicos. Alcolumbre ressaltou ainda que é preciso "união, serenidade e equilíbrio".
"A nação espera do líder do Executivo, mais do que nunca, transparência, seriedade e responsabilidade. O Congresso continuará atuante e atento para colaborar no que for necessário para a superação desta crise", acrescentou.
Enquanto Bolsonaro fazia o pronunciamento, houve panelaço em cidades de alguns estados, entre os quais São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Ceará e Alagoas.

Dados sobre coronavírus

De acordo com o Ministério da Saúde, até esta terça, foram registradas 46 mortes no Brasil em razão da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Além disso, segundo o ministério, há 2,2 mil casos confirmados.
O ministério informou que não vai se pronunciar sobre a fala de Bolsonaro.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que há no mundo mais de 375 mil casos de coronavírus, com 16,3 mil mortes confirmadas, em 195 países.

Leia a íntegra da nota de Alcolumbre:

Com informações do Portal Terra e G1

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