'Parcelamento vai acabar no 1º trimestre de 2020', diz secretário de Zema

O secretário de Planejamento e Gestão do governo Romeu Zema (Novo), Otto Levy Reis, disse que o parcelamento do salário dos servidores do Estado vai acabar ainda no primeiro semestre de 2020.
Ele participou de entrevista no Café com Política, quadro do jornal Super N, da rádio Super Notícia 91,7 FM, na manhã desta quinta-feira (26).
 

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Durante a entrevista, perguntado por um ouvinte sobre quando os salários seriam finalmente colocados em dia, conforme a promessa de governo, o secretário respondeu:
"Também com a operação do nióbio, vamos não só pagar o 13º como vamos colocar o salário do servidor em dia, quer dizer, vamos acabar com o parcelamento".
No entanto, ele disse que esse fim do parcelamento "vai durar um período de tempo". "Para acabar com o parcelamento em definitivo, medidas estruturais precisam ser tomadas. Vamos apresentar essas medidas à Assembleia Legislativa no primeiro semestre de 2020".
O secretário de Planejamento não quis detalhar quais medidas estruturais o governo pretende apresentar, mas disse que são prioridade e que fazem parte do programa de recuperação fiscal.
Já no final da entrevista, na "Hora do Bate-Pronto", ele cravou: "O parcelamento (dos salários) vai acabar no primeiro trimestre de 2020".
Décimo terceiro
Logo no início da entrevista, perguntado sobre qual foi o critério para o pagamento do 13º salário neste ano, Otto Levy Reis respondeu: "O critério foi social. A gente resolveu pagar quem ganhasse menos primeiro".
Ele se esquivou de responder uma data exata para quitar o restante do décimo terceiro do funcionalismo de Minas. Disse apenas que todos "vão receber assim que a operação do nióbio for realizada".
Ação política
Nesse momento da entrevista, o secretário não poupou críticas a duas procuradoras do Ministério Público de Contas, que entraram com uma ação contra a operação do nióbio, dizendo que agiram politicamente.
Veja o que ele disse neste trecho da entrevista:
"O que impediu a realização da operação foi a ação de duas procuradoras do Ministério Público de Contas, e fez com que o mercado retraísse e não possibilitasse a execução da operação ainda em 2019. Foi o que aconteceu. A gente espera que aconteça no primeiro trimestre de 2020. Não posso te dar a data exata agora, porque estamos em período de silêncio. Mas, uma semana antes, essa data será publicada pela Bolsa de Valores. Agora vamos ter que fazer um trabalho junto aos investidores pra mostrar que essa ação foi isolada de duas procuradoras do MP de Contas, que não conseguiram entender a importância e a lisura dessa operação, que foi melhorada e aprovada pela Assembleia Legislativa. Essas duas procuradoras deram entrevista emitindo juízo de valor sobre o governo. Isso é uma ação política. Acho muito estranho que, quando o governo passado, por mais de um ano, sequestrou o dinheiro do consignado dos aposentados, numa apropriação indébita, nenhuma das duas tomou providência nenhuma".
Ele reforçou que a ação movida pelas procuradoras "evitou que 40% dos servidores recebessem o 2013 ainda em 2019, que era um objetivo do nosso governo". "O governo Zema recebeu o encargo de pagar 14 folhas. Nós pagamos 13 folhas e meia, porque pagamos 60% do 13º de 2019", disse o secretário.
Solução com a Assembleia
Perguntado pela jornalista Thalita Marinho se a operação do nióbio não serviria apenas para "tampar o sol com a peneira", o secretário respondeu que a operação "vai remediar uma situação agora" enquanto se busca uma solução definitiva junto à Assembleia Legislativa. "Não acredito no quanto pior, melhor. Acredito na teoria do quanto melhor, melhor."
O secretário avaliou que a relação do governo Zema com os deputados estaduais, que foi bastante conturbada no início do ano, "tem melhorado bastante".
"A entrada do secretário Bilac Pinto melhorou muito a relação do governo com a Assembleia e os deputados também têm enxergado que o governo Zema é de boas intenções e tem procurado acertar. A relação tem melhorado, principalmente no segundo semestre", disse Reis.
Balanço do primeiro ano
Ao fazer um balanço do primeiro ano do governador do Novo, o secretário disse que o governo recebeu um Estado "destroçado" e que "avançou bastante".
"Conseguimos fazer o acordo com os prefeitos, o repasse mensal das prefeituras está sendo feito, conseguimos aumentar o repasse pra saúde, estamos fazendo uma economia significativa", listou.
"Mas, mais importante até que isso, o importante é que recebemos um déficit projetado de R$ 15 bilhões e vamos fechar com um déficit menor do que R$ 10 bilhões. A principal razão é uma economia de custo. Pela primeira vez, as despesas deste ano serão menores que as do ano passado, então nós qualificamos o gasto", disse.
Ele também disse que o governo tem trazido muitos investimentos para Minas Gerais. "Só neste ano, trouxemos R$ 56 bilhões de investimento, que é o dobro do que aconteceu nos últimos 4 anos em Minas".
O secretário também afirmou que o governo vai voltar com a escola integral, para que o Estado volte a ocupar os primeiros lugares do Ideb e que a segurança em Minas está com os menores índices de criminalidade desde que a estatística começou a ser medida. "O governo está mostrando resultados", finalizou.

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