"Violência" Adolescente e seu bebê são torturados e mantidos em cárcere em Ibirité (MG)

Espancada, mordida e mantida em cárcere pelo próprio ex-companheiro de 19 anos, ao longo dos último sete dias, uma adolescente de 17 anos e o bebê do casal – também agredido pelo pai – conseguiram escapar após um pedido de socorro feito às pressas pelo celular em um momento de distração do suspeito.
 

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A mãe e a irmã da garota, alertadas por ela a respeito das torturas sofridas, telefonou para a polícia e os militares conseguiram libertá-la junto ao filho na tarde dessa terça-feira (11). Ela e seu bebê de 1 ano estavam na casa em que vivem sozinhos em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, quando o pai da criança entrou no imóvel, na semana passada, e proibiu que saíssem. Abordado pela polícia, o suspeito acabou detido.
Tiro no pé
O namoro entre a adolescente e seu companheiro começou há cerca de cinco anos, quando ela estava apenas com 12 anos e ele já tinha 14. Há um ano, nasceu um menino, filho dos dois. Após muitas agressões, a garota decidiu sair da residência onde vivia com o namorado, em Betim, na região metropolitana. Antes disso, durante uma discussão, o suspeito teria até atirado com uma pistola contra os pés dela. Inconformado com o término do relacionamento, ele teria passado a persegui-la, tendo, então, invadido a nova casa dela, em Ibirité.
Tortura contra garota e bebê
Há uma semana, o homem entrou na residência e garantiu que os dois ficariam juntos. Ao longo dos últimos dias, o suspeito teria usado drogas na frente do bebê, a trancado dentro de casa, ameaçado cortar o cano do botijão de gás e "explodir tudo", mordido o rosto dela – o que causou um sério hematoma na bochecha esquerda –, batido com um celular na cabeça e nas costas dela e ainda tentado esganar o bebê dos dois – o menino chegou a ser atingido também nas costas, como ela descreveu à polícia.
Pedido de socorro
Após tantas agressões, a garota aproveitou um momento de distração do suspeito e telefonou para a mãe. A irmã da adolescente também chegou a ser ameaçada pelo criminoso, ele gravou um áudio para ela no WhatsApp dizendo que, caso ela se envolvesse, ele arrancaria sua cabeça. Ainda assim, preocupada com a irmã, a mulher ligou para a polícia e os militares foram à casa onde a jovem era mantida em cárcere privado.
Após os policiais baterem no portão, a adolescente conseguiu pegar a chave para abrir a porta. Em estado de choque e chorando muito, ela saiu de casa e pediu que os militares a tirassem de lá com o filho pequeno. Ao perceber a movimentação, o suspeito ainda saiu para falar com os militares e questionou o porquê deles estarem ali. Não apenas, ele ainda justificou ter mantido a garota presa, alegou que não queria que ela sumisse e que só mordeu o rosto dela por causa de uma discussão.
Depois da prisão do criminoso, a adolescente e sua mãe foram à delegacia para terminar o registro da ocorrência. O bebê de 1 ano ficou com a família da mãe, responsável por levá-lo ao hospital após o cárcere.

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