Unidades prisionais do Centro-Oeste de MG que ainda não racionam água adotarão medida do governo estadual

O diretor da 7ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp) do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, informou ao G1 nesta terça-feira (3), que as 14 unidades prisionais do Centro-Oeste do Estado vão adotar as medidas de racionamento de água anunciadas pelo Governo a partir de janeiro de 2020. Sérgio Evaristo ressaltou que algumas unidades já fazem racionamento, como o Presídio Floramar em Divinópolis, e as que não fazem passarão a ter.
 

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A medida foi anunciada pelo Governo de Minas Gerais na última sexta-feira (29). O objetivo é gerar economia aos cofres públicos. De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a água nos presídios poderá ser utilizada por seis horas diárias.
Segundo a secretaria, dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento mostram que um detento gasta em média 88% a mais de água do que um cidadão em liberdade.
    “É uma medida de gestão que busca eficiência no setor público, sem desperdício do dinheiro do contribuinte e com a garantia da manutenção dos direitos dos presos e da pessoa humana”, afirma o governo.

Unidades do Centro-Oeste

O diretor regional, Sérgio Evaristo, é responsável pelas unidades prisionais localizadas em: Divinópolis, Itaúna, Nova Serrana, Pitangui, Pompéu, Abaeté, Luz, Dores do Indaiá, Bom Despacho, Arcos, Lagoa da Prata, Bambuí, Formiga e Pará de Minas.
Segundo ele, entre as unidades que já faz o racionamento está o Presídio Floramar em Divinópolis. Contudo, ele não especificou quais outras também já tinham.
    “Não é o momento para iniciar o racionamento nas unidades que não praticam este procedimento, devido ao clima tenso que ocorre em todo período de final de ano, é melhor esperar. Por isso, a partir do ano que vem estaremos prontos para cumprir a medida”, afirmou sobre as unidades que ainda não contam com a medida.
Sérgio ressaltou que concorda com a medida, já que o gasto de água de um detento é muito superior a uma pessoa em liberdade.
“Com certeza essa medida precisa ser adotada. O gasto de um detento é infinitamente superior a uma pessoa em liberdade”, finalizou.

Situação Monitorada

O governador Romeu Zema disse que a situação nos presídios está sendo monitorada e afirmou não ter medo de que a adoção do racionamento de água nas unidades prisionais provoque revolta nos detentos.
“Estamos fazendo com o maior critério, está sendo acompanhado, monitorado, eu diria que não é nem dia a dia, é hora a hora. E, com toda certeza, nós devemos descobrir que alguns presídios, até por serem construções antigas, devem ter vazamento de água, devem ter uma série de ineficiências que essa medida vai fazer aflorar”, concluiu.

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