Jovem deixa cartas de despedida e desaparece em BH

Familiares procuram pelo jovem Walace Junio Moreira Maciel, de 22 anos, que está desaparecido desde a última quinta-feira (3), em Belo Horizonte. O rapaz foi visto pela última vez na estação Vilarinho, em Venda Nova, quando entregou um caderno para a tia, com cartas de despedida e desapareceu na sequência.

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De acordo com a tia de Walace, Shirlene Moreira, de 37 anos, na quinta-feira, ele seguia para a casa, no bairro Juliana, na região Norte, antes de desaparecer. “Ele estava junto comigo. Quando chegamos na estação, ele se despediu, me entregou o caderno e disse que iria sumir. Como ele é muito brincalhão, não levei a sério, mas ele saiu andando e não voltou mais”, conta.
Segundo Shirlene, o caderno deixado por Walace tinha cartas de despedida destinadas a amigos e familiares. “Nas cartas, ele pede perdão e desculpas para os amigos da igreja e pede que eles cuidem da família e de pessoas próximas”, conta.
Ainda, de acordo com a tia, o rapaz estava mal nos últimos dias e mantinha-se isolado. “O pai dele disse que ele estava sem comer, parou de sair, ficava trancado no quarto e com muita tristeza”, diz. “Mas nós temos muita esperança de vamos achá-lo, estamos procurando em todos os lugares”, afirma Shirlene.
O caso foi registrado no departamento de pessoas desaparecidas da Polícia Civil de Minas Gerais. A corporação recomenda que qualquer informação sobre pessoas desaparecidas seja repassada para o número: 0800 2828 197.
[caption id="attachment_48155" align="alignnone" width="664"] Divulgação/PCMG[/caption]

Prevenção

 
Ligações para o Centro de Valorização da Vida (CVV), que auxilia na prevenção do suicídio, passaram a ser gratuitas em todo o país em julho do ano passado. Um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Saúde, assinado em 2017, permitiu o acesso gratuito ao serviço, prestado pelo telefone 188.
Por meio do número, pessoas que sofrem de ansiedade, depressão ou que correm risco de cometer suicídio conversam com voluntários da instituição e são aconselhados. Antes, o serviço era cobrado e prestado por meio do 141.
A ligação gratuita para o CVV começou a ser implantada em Santa Maria (RS), há quatro anos, após o incêndio na boate Kiss, que matou 242 jovens. O centro existe há 55 anos e tem mais de 2 mil voluntários atuando na prevenção ao suicídio. A assistência também é prestada pessoalmente, por e-mail ou chat.

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