Motorista arremata carro de luxo por R$ 47 mil em leilão virtual e empresa some

Um motorista de Cotia, na Grande São Paulo, foi vítima de um golpe ao arrematar por R$ 47 mil um carro de luxo em um leilão virtual. A empresa responsável pela venda tem sede em Mogi das Cruzes, mas um dos envolvidos é de São Vicente. O comprador adquiriu o veículo por um valor três vezes menor que o de mercado, e ao finalizar o pagamento, os representantes desapareceram. O caso é investigado pela Polícia Civil.

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O motorista, que pediu anonimato, denunciou o golpe à polícia e contou que começou a procurar um novo veículo depois que o carro que tinha ficou danificado em um acidente envolvendo uma carreta. Ao pesquisar em sites de leilões, encontrou modelos com preços até R$ 30 mil mais baratos que os de mercado.
No portal ‘Leilões Elite’, a vítima descobriu um utilitário esportivo de luxo que, nas concessionárias, custaria R$ 184.900. Antes de formalizar o lance virtual, o motorista afirma que fez uma breve busca sobre a procedência da companhia, e disse que nada de negativo localizou na web. O homem arrematou o carro por R$ 47 mil em seguida.
[caption id="attachment_43138" align="alignnone" width="700"]Carro com valor de mercado de R$ 184.900 foi arrematado por R$ 47 mil (Foto: Reprodução) Carro com valor de mercado de R$ 184.900 foi arrematado por R$ 47 mil (Foto: Reprodução)[/caption]
Após a confirmação do pagamento, a empresa gerou uma nota fiscal com os dados do carro e do leiloeiro via correio eletrônico. O site também enviou mensagens por meio de aplicativo de celular sobre a negociação. Mas, em determinado momento, a conversa pelo telefone móvel foi interrompida, e a conta aparentemente bloqueada.
Sem conseguir mais contato, a vítima percebeu que havia caído em um golpe e tentou identificar onde ficava a sede da empresa. A única informação que ele e um amigo conseguiram foi o endereço da agência bancária onde foi realizado o depósito, localizada em São Vicente. A polícia foi informada em seguida.
Investigação
A equipe da Delegacia Sede da cidade identificou o dono da conta na qual houve o depósito. O suspeito alegou que foi contratado por outra pessoa para emprestar a conta corrente, e que receberia R$ 300 pela ajuda. Este segundo envolvido também foi localizado e afirmou que tinha sido contratado por uma mulher.
Ambos foram detidos. Os investigadores descobriram que o dono da conta aparece em uma ocorrência semelhante registrada na capital paulista. Na ocasião, a conta era de uma agência em Praia Grande. A polícia, que registrou o caso como estelionato e associação criminosa, apura o uso de um domínio internacional para ocultar os responsáveis pelo site.

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