PCMG concluiu inquérito que apura desvio de recursos públicos na Câmara Municipal de BH

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, nesta quarta-feira (22), o inquérito policial que apurou desvio de recursos públicos envolvendo o vereador Cláudio Donizete Duarte, da Câmara Municipal de Belo Horizonte. O Departamento Especializado de Investigação de Fraudes da PCMG representou pela prorrogação do afastamento das funções dos envolvidos por mais 120 dias e remeteu cópia integral do inquérito à casa legislativa.
 

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De acordo com o Delegado Domiciano Monteiro, Chefe da Divisão de Investigação de Fraudes e Crimes contra a Administração Pública, as investigações apuraram com detalhes como o esquema ocorreu desde o início do mandato do parlamentar. Foram indiciadas oito pessoas por integrarem organização criminosa e pela prática do crime de peculato. Além disso, Claudio Duarte foi indiciado por obstrução de justiça, visto que, durante o curso das investigações, determinou que outros envolvidos mentissem. Há robustas provas dos crimes nos autos, incluindo provas testemunhais, áudios dos envolvidos, confissão e registros de movimentação bancária, explicou.
O Delegado informou que a prática criminosa era padrão no gabinete do vereador. "Os funcionários devolviam 10% do salário, inclusive do 13º salário. Entre eles, um idoso ficava apenas com o valor de hum mil reais do salário de R$ 11 mil. Aqueles que não pagassem eram ameaçados de serem exonerados", frisou.
O vereador tentava justificar a cobrança do "repasse" alegando a necessidade de cobrir despesas de sua campanha. Claudio Duarte e o chefe de gabinete dele, Luiz Carlos de Souza Cordeiro foram presos pela PCMG, no dia 2 de abril, em virtude de prisão temporária. Ambos permaneceram presos por dez dias.

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