PM é preso suspeito de vazar megaoperação contra a maior milícia do Rio

Rio - Um suboficial da Polícia Militar, identificado como Marcelo Azevedo Nascimento, foi preso e está prestando depoimento na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na tarde desta quinta-feira, para esclarecer um possível vazamento da operação Heracles – megaoperação realizada hoje que mira a milícia comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, responsável pelo maior grupo miliciano do Rio, que atua na Zona Oeste e em Itaguaí, na Baixada Fluminense. Apesar do grande número de mandados de prisão, a quantidade de presos é baixa.
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Segundo informações, o suboficial é lotado no Regimento de Policia Montada (RPMont), que fica em Campo Grande. Ele teria vazado informações através de mensagens em um aplicativo de celular. O advogado que representa o PM nega as acusações. "Ele não faz parte dos mandados de prisão. Meu cliente foi preso em flagrante por supostamente ter tirado as fotos de dentro do carro antes da operação acontecer. O carro era dele, mas ele estava apenas entrando no quartel para tirar o carro pra lavar".
"A perícia foi realizada e a mesma diz que a foto lançada nesse suposto grupo de milicianos parece muito com o veículo que ele possui. Contudo, na foto aparece apenas um parabrisa e o painél de um carro. Nada identifica que aquele seria o veículo dele, nem o número que colocou pertence a ele", completou o advogado.
A megaoperação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio (MPRJ) busca cumprir 118 mandados de prisão e 298 de busca e apreensão contra a milícia que domina a Zona Oeste da cidade. A Operação Heracles conta com mais de 500 agentes, tem o apoio de 1.700 militares das Forças Armadas e da Força Nacional, e se concentra em Jacarepaguá, Santa Cruz, Campo Grande e em Itaguaí, na Baixada Fluminense. Foram cumpridos 27 mandados de prisão e pelo menos seis deles foram contra pessoas que já estavam presas.
A operação mira na quadrilha comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, que, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), segue aumentando seus territórios no estado através de chefias intermediárias, responsáveis pelo gerenciamento em comunidades da Baixada e da Zona Oeste, como a do Aço, do Rodo, de Antares, de Três Pontes, em áreas de Paciência, entre outras.

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