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O anexo 2 traz o perfil profissiográfico esperado para atuar na função e prevê que, na característica de masculinidade, a pessoa tenha capacidade de “não se impressionar com cenas violentas, suportar vulgaridades, não emocionar-se facilmente, tampouco demonstrar interesse em histórias românticas e de amor”.
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Entidades sociais se posicionaram a respeito da situação e demonstraram indignação com as exigências. A Aliança LGBTI e o Grupo Dignidade emitiram nota conjunta questionando os termos do edital, “considerados discriminatórios e machistas, além de incompatíveis com atitude adequada de integrantes da Polícia Militar”.
As organizações também apelaram a primeira mulher a governar o Paraná, Cida Borghetti (PP), e a primeira mulher a comandar a PM do estado, coronel Audilene Rosa de Paula Dias Rocha, para que o edital seja revogado.
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Muitos internautas divulgaram opiniões a respeito do episódio do concurso da PM. Para a maioria, a decisão de utilizar a masculinidade como critério de avaliação nada mais é do que preconceito. “Fui dormir em 2018 e acordei em 1718 com o concurso da PM do Paraná colocando ‘masculinidade’ como critério em avaliação psicológica. É tosco num nível tão absurdo que não sei nem por onde começar a problematizar”, diz um tweet.
O certame para cadetes da PM é um dos mais concorridos do Paraná. Estão em disputa 16 vagas – sendo 14 gerais e 2 para afrodescendentes. O concurso é aberto para ambos os sexos, mas com uma cláusula que condiciona até a metade das vagas para as mulheres. Ou seja, no máximo, oito mulheres serão chamadas, mesmo que tenham notas superiores às dos homens.fui dormir em 2018 e acordei em 1718 com o concurso da PM do Paraná colocando 'masculinidade' como critério em avaliação psicológica....... é tosco num nível tão absurdo que não sei nem por onde começar a problematizar essa merda scrr pic.twitter.com/M9mmntrJUi
— Rafael Gonzaga (@rafaaagonz) 13 de agosto de 2018