Defesa contra impeachment pesou na escolha de Bolsonaro por vice

O general da reserva Hamilton Mourão (PRTB) passou em um dos principais critérios que conselheiros de Jair Bolsonaro (PSL) recomendavam que fossem levados em consideração: um vice que desestimule o Congresso Nacional buscar um impeachment. A lógica, no caso de Mourão, segundo um dos principais conselheiros do candidato a presidente, seu filho Eduardo, é a de que ninguém gostaria de ver um militar assumir o poder.
A matéria continua após a publicidade "Sempre aconselhei o meu pai: tem que botar um cara faca na caveira pra ser vice", disse Eduardo Bolsonaro à reportagem após a convenção estadual do PSL que chancelou sua candidatura a deputado federal por São Paulo. "Tem que ser alguém que não compense correr atrás de um impeachment." A mesma lógica valia para o "príncipe" Luiz Philippe de Orléans e Bragança, por DNA um monarquista, e que era tido como certo na chapa depois que Janaina Paschoal, coautora do impeachment de Dilma Rousseff, recusou o convite. Em entrevista à GloboNews, Bolsonaro havia afirmado que Órleans e Bragança (que, na verdade, não faz parte da linha sucessória direta da Casa Imperial Brasileira, apeada do poder em 1889 pelos militares) seria o vice, caso Janaina não aceitasse. Muitos militantes saíram do local da convenção sem saber quem seria o escolhido do capitão - se o príncipe ou o general da reserva. O microfone falhou quando Bolsonaro comunicava o nome de seu vice, que ainda dependia, no entanto ser aprovado em seu próprio partido. O discurso teve então que ser transferido para o Esporte Clube Sírio, onde aconteceu a convenção nacional do PRTB, partido de Mourão. Bolsonaro disse que, a partir daquele momento, deixavam de ser capitão e general para serem soldados em prol do Brasil. Mais cedo Eduardo Bolsonaro disse que eles têm uma sintonia fina por serem ex-militares e adeptos da hierarquia.

Siga o canal do Destak News e receba as principais notícias no seu Whatsapp!