Estupro de vulnerável sobe 150% na Baixada Santista e Vale do Ribeira

O crime de estupro de vulnerável subiu 150% na Baixada Santista e Vale do Ribeira em maio. Foram 40 casos ante 16 no mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados na segunda-feira (25), pela Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP). A matéria continua após a publicidade De janeiro a maio deste ano, este crime teve um total de 209 casos, o que representa um aumento de 124,73% na comparação com o mesmo período de 2017, quando foram registrados 93 casos. Em entrevista ao Diário do Litoral no início deste mês, a delegada Fernanda dos Santos Sousa, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos, afirmou que chama atenção o grau de discernimento de crianças muito pequenas ao narrar os casos, o que tem contribuído para as investigações dos crimes, a maior parte deles em ambiente ­doméstico. “Elas (crianças) têm o discernimento de perceber que a conduta que elas estão sendo sofrendo é inadequada”, afirma Fernanda. Orientações dadas pelos pais e nas escolas têm levado mais crianças a denunciar os estupros, segundo ela. Além de pais e padrastos, a delegada diz que esse tipo de crime está sendo cometido por companheiros de avós das crianças, de forma frequente. “Muitas vezes não é o avô biológico e esse companheiro (da avó) fica em casa com a criança enquanto a avó acaba fazendo as suas atividades domésticas de rotina e nesses momentos ele se aproveita”, disse a titular da DDM. Maiores de 14 Os registros de estupro contra maiores de 14 anos em maio foram 17, ou seja, dois casos a menos que em maio do ano passado, o que representou uma redução de 10, 52%, segundo os dados divulgados pela Secretaria Estadual da Segurança Pública.

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