"Meteram a Mão no Brasil" Com árbitro de vídeo omisso, Brasil não passa do empate com a Suíça

Bastante badalado sob o comando de Tite, o Brasil não passou de um empate por 1 a 1 com a Suíça em sua estreia na Copa do Mundo da Rússia, neste domingo, na Arena Rostov. O time nacional abriu o placar com um belo gol de Philippe Coutinho no primeiro tempo e reclamou da omissão do árbitro de vídeo no segundo – no gol Zuber, que empurrou Miranda antes de cabecear para a rede, e em um suposto pênalti sofrido por Gabriel Jesus. A matéria continua após a publicidade Seja como for, o Brasil e a Suíça somaram 1 ponto no grupo E do Mundial e estão atrás da Sérvia, que, mais cedo, em Samara, estreou com vitória por 1 a 0 sobre a Costa Rica. Na sexta-feira, as quatro seleções voltarão a entrar em ação. Enquanto os brasileiros buscarão a reabilitação contra os costa-riquenhos em São Petersburgo, suíços e sérvios irão se enfrentar em Kaliningrado. Golaço de Coutinho Os semblantes sérios e tensos dos jogadores da Seleção Brasileira, entrando em campo por uma Copa do Mundo pela primeira vez após o vexame de quatro anos atrás, contrastava com a animação dos seus compatriotas nas arquibancadas da Arena Rostov. Ente o público, nem mesmo a interrupção prematura e protocolar do Hino Nacional cessou a cantoria. Quando a bola rolou, o Brasil ainda não tinha entrado no clima dos seus torcedores. Os olhos marejados de Tite observaram a Suíça, famosa por sua histórica proposta de jogo defensiva, passar mais tempo com a bola nos pés nos primeiros minutos de partida. Com direito a uma concussão de Dzemaili, livre no meio da área, para fora. Com o seu novo penteado – um topete loiro, caprichosamente penteado –, Neymar tentou se encarregar de começar a chamar a atenção não apenas pelo visual. O astro da Seleção Brasileira foi quem começou a carregar a bola do campo defensivo para o ataque, por vezes até com individualismo, e recebeu um puxão de camisa e um sorriso irônico de Dzemaili. O Brasil não se intimidou. Aos 10 minutos, o time de Tite criou a sua primeira grande oportunidade de gol. Neymar foi acionado por Coutinho do lado esquerdo da área e fez o cruzamento. Schar se atrapalhou com a bola, e Paulinho, que começava a aparecer bem ofensivamente, finalizou sem precisão. O goleiro Sommer defendeu com a ponta dos dedos, mas a arbitragem assinalou tiro de meta. [gallery type="slideshow" size="full" ids="13395,13396,13397,13398,13399,13400,13401,13402,13403,13404,13405,13406,13407,13408,13409,13410,13411,13412,13413,13414,13415,13416,13417,13418,13419,13420,13421,13422,13423,13424,13425,13426,13427,13428,13429,13430,13431"] Aos 19 minutos, por mais que se esticasse, Sommer não alcançaria a bola. Philippe Coutinho dominou fora da área depois de a defesa suíça cortar um cruzamento de Marcelo e fez a sua jogada característica – carregou da ponta esquerda para dentro e bateu cruzado. Acertou o ângulo, marcando um golaço, o primeiro da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Rússia. A vantagem no marcador empolgou os brasileiros na Arena Rostov. “O campeão voltou!” era o grito que ecoava no estádio, audível nas transmissões televisas mundo afora. Igualmente à vontade na partida, a Seleção Brasileira diminuiu o ritmo nos minutos finais do primeiro tempo, possibilitando que a Suíça ficasse mais tempo com a bola nos pés.

Cadê o árbitro de vídeo?

A acomodação, desta vez defensiva, custou caro no princípio do segundo tempo. Logo aos quatro minutos, a bola foi alçada na área brasileira em cobrança de escanteio, e Zuber subiu sozinho para empatar a partida. O suíço empurrou o estático Miranda antes de cabecear a bola, e os comandados de Tite pediram a anulação por intermédio do árbitro de vídeo, que não entrou em ação. Era apenas a sexta vez sob o comando de Tite que o Brasil precisava se recompor após sofrer um gol. O técnico tentou ajudar com a entrada de Fernandinho no lugar de Casemiro, que deixou o campo depois de tentar encurtar o caminho para o gol com um chute de longa distância, direto para fora. A intenção era melhorar a saída de jogo da Seleção, ineficiente na etapa complementar. A ideia de Tite não surtiu muito efeito, e o técnico resolveu agir outra vez. De novo, mexeu no setor de contenção do meio-campo, trocando Paulinho por Renato Augusto. E, aos 24 minutos, chegou a esboçar a comemoração do segundo gol. Neymar lançou Philippe Coutinho, que matou no peito dentro da área e limpou a marcação, mas finalizou torto, para fora. Aos 27 minutos, Renato Augusto criou a sua primeira situação de gol na partida. O representante do futebol chinês na Seleção Brasileira girou e enfiou a bola para Gabriel Jesus, que reclamou de ter sido agarrado por Akanji dentro da área. O árbitro mexicano César Ramos mandou o jogo seguir e voltou a abrir mão do árbitro de vídeo, revoltando a equipe nacional. Gabriel Jesus saiu do gramado em seguida, substituído por Roberto Firmino. Modificado, o Brasil passou a pressionar a Suíça à base do desespero nos minutos finais, já sem muita organização tática. Neymar, por exemplo, queria decidir o jogo sozinho. E não era capaz. Nos acréscimos, Fernandinho e Miranda ainda desperdiçaram boas oportunidades de gol. FICHA TÉCNICA BRASIL 1 X 1 SUÍÇA Local: Arena Rostov, em Rostov do Don (Rússia) Data: 17 de junho de 2018, domingo Horário: 15 horas (de Brasília) Árbitro: César Ramos (México) Assistentes: Marvin Torrentera e Miguel Hernández (ambos do México) Público: 43.109 pessoas Cartões amarelos: Casemiro (Brasil); Lichtsteiner, Schar e Behrami (Suíça) Gols: BRASIL: Philippe Coutinho, aos 19 minutos do primeiro tempo; SUÍÇA: Zuber, aos 4 minutos do segundo tempo BRASIL: Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro (Fernandinho), Paulinho (Renato Augusto), Willian, Philippe Coutinho e Neymar; Gabriel Jesus (Roberto Firmino) Técnico: Tite SUÍÇA: Sommer; Lichtsteiner (Lang), Schar, Akanji e Ricardo Rodríguez; Xhaka, Behrami (Zakaria), Shaqiri, Dzemaili e Zuber; Seferovic (Embolo) Técnico: Vladimir Petkovic

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