Governo de Minas divide o pagamento da 1ª parcela dos salários e não tem data para quitar

A situação dos servidores do Estado de Minas Gerais, que já sofriam com o escalonamento do salário em até três vezes, ficou ainda pior neste mês. Agora, parte do funcionalismo público recebeu a primeira parcela dividida. Apenas 47% dos servidores receberam a primeira parcela dos vencimentos no dia 13 de junho. Na primeira data, o limite da parcela é de R$ 3.000.  A matéria continua após a publicidade Nessa sexta-feira (15), a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) anunciou como será quitado o restante da primeira parcela dos 53% do funcionalismo. Apenas os servidores ativos, que estavam sem a primeira parte da remuneração, receberam até R$ 1.500, nessa sexta-feira (15). Já os inativos vão receber até R$ 1.000 na terça-feira, dia 19 de junho. Se a primeira parcela ultrapassar esses valores, não se sabe quando será pago o restante. De acordo com a SEF, a segunda e terceira partes dos vencimentos, previstas para os dias 25 e 29 de junho, respectivamente, devem ser pagas em dia. Desde fevereiro de 2016, o governador Fernando Pimentel (PT) vem escalonando o salário do funcionalismo em até três vezes. Servidores que recebem até R$ 3.000 líquidos deveriam receber integralmente na primeira data. Os que têm a remuneração até R$ 6.000 são pagos em duas datas, e os que recebem mais de R$ 6.000 têm o salário parcelado em três vezes. No fim do ano passado, o depósito do salário fracionado começou a sofrer atrasos. Antes desse “parcelamento de parcelas”, o mês mais crítico tinha sido maio deste ano, quando a primeira parte, que estava prevista para o dia 16, foi depositada no dia 18, e a última, que era para ser paga no dia 20, só foi depositada em 1º de junho. Nessa sexta-feira (15), conforme publicou O TEMPO, o deputado federal e ex-secretário de governo de Pimentel, Odair Cunha (PT) culpou o a oposição e o PSDB pelo atraso do salário do funcionalismo estadual. Isso porque o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) suspendeu uma operação de crédito no valor de R$ 2 bilhões, em que o governo de Minas pretendia contratar de bancos internacionais, via Minas Gerais Participações S/A (MGI) e Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). A sustação da operação se deu em decorrência de uma representação, questionando a manobra, apresentada pelo deputado estadual e líder da minoria na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Gustavo Valadares (PSDB). O petista considerou que a representação apresentada pelo tucano é “um movimento oportunista, politiqueiro, mesquinho e baixo”. E afirmou que, “além de deixar o governo quebrado, os tucanos tentam atrapalhar o trabalho do governador”. Já Gustavo Valadares afirmou que o governo de Minas pretendia usar o dinheiro que iria conseguir em uma “operação fraudulenta” nas eleições, uma vez que o montante não paga nem metade da folha de pagamento do funcionalismo público. “É lamentável ver o desespero do governo Pimentel em buscar responsáveis para o calote nos municípios e nos servidores”, disparou.

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