O que o mel de Alagoas, a renda de Sergipe, a cachaça do RJ e o café de SP têm em comum?

A composição química do solo e o clima típico da Mata Atlântica concederam à cana plantada em Paraty características sensoriais únicas. Assim, durante séculos o nome da cidade que preserva a arquitetura colonial no litoral sul do Rio de Janeiro foi sinônimo de cachaça. O mesmo acontece com a pequenina Salinas, no norte de Minas Gerais, terra de alguns dos destilados de cana mais vendidos no mundo. Esse diferencial permitiu que as duas conquistassem o selo de Indicação Geográfica (IG).
A matéria continua após a publicidade Clique aqui e curta nossa página no Facebook Clique aqui e Siga-nos no Instagram Concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o selo reconhece o exclusivismo no sabor, no aroma ou na composição química de algum produto. Esse é o caso da própolis extraída nos manguezais das Alagoas. Vermelha, a própolis alagoana é única no mundo porque as abelhas nativas captam o néctar em flores que não existem em nenhum outro lugar da Terra, só no litoral alagoano. E isso agrega valor, abrindo mercado para o produto na teia planetária da economia solidária. Mas essa personalidade própria que concede aos alimentos tal distinção não está restrita ao Brasil, nem, tampouco, apenas às condições geográficas. É muito mais do que isso! Métodos ancestrais que remontam ao século 3 depois de Cristo transferiram ao vinho envelhecido na Região do Douro, em Portugal, sabor e aroma únicos, o que rendeu ao produto uma IG específica e reconhecida mundialmente. O queijo Parma e o champagne são outros exemplos de produtos únicos e com IG específica. No total, o Brasil já dispõe de 57 produtos com IG. Entre eles, destaque para vinhos e espumantes de várias regiões do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, que se destaca pelo uso da rara uva goethe na produção da bebida. Neste seleto grupo também estão queijos produzidos em regiões específicas de Minas Gerais, onde as vacas pastam em capins nativos e rústicos, o que confere ao leite, e consequentemente ao queijo, um sabor único, capaz de garantir a essas iguarias premiações em concursos internacionais. O arroz colhido no litoral norte gaúcho sofre com o vento Minuano e com o solo encharcado. As condições adversas criam nele características sensoriais exclusivas, reconhecidas pelos especialistas como únicas no Planeta. Clima e solo diferenciados também favorecem o café da Alta Mogiana, no Interior Paulista, da Serra da Mantiqueira e do Cerrado ­Mineiro. A Bahia busca a IG para sua farinha copioba e seu charuto artesanal. Produzidos no Recôncavo, as diferenças sensoriais de ambos não estão ligadas a características químicas, mas, sim, ao modo de fazer específico, exclusivo, das populações locais, como acontece com o vinho do Douro. Esse saber fazer que diferencia tanto um produto do outro está presente nas rendas tipo Renascença do Cariri Paraibano ou nas rendas de agulha de Iacê, no Sergipe. Esse conhecimento vem sendo preservado geração após geração, tornando-se um patrimônio cultural único. E carimbado com IG por sua singularidade planetária. Esse também é o caso do artesanato com capim dourado do Jalapão ou das peças em estanho de São João Del Rey, em Minas, ou das panelas de barro feitas em Goiabeiras, no Espírito Santo. Sabores do Brasil O Governo Federal selecionará cooperativas e empresas interessadas em expor na 10ª Fruit Attraction. A feira é uma das maiores do mundo e reunirá milhares de profissionais do setor frutícola entre 23 e 25 de outubro, em Madri. O objetivo é abrir mercado para as frutas brasileiras no exterior. Pós em gastronomia vegana Abertas as matrículas para a primeira pós-graduação em Gastronomia Vegana do País. O curso será ministrado na Região Metropolitana do Recife, com a chancela da Sociedade Vegetariana Brasileira. As aulas acontecerão em um final de semana por mês durante 19 meses. Detalhes (81) 2128-0500.

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