A expansão segue em ritmo mais acelerado na cidade do que no resto do Estado. O mesmo levantamento revela que, em Minas, o crescimento desse crime foi de 20%.
No último fim de semana, a Operação Tiradentes II, realizada pela Polícia Militar (PM), prendeu 800 pessoas em todo o território mineiro, a maioria por envolvimento com o tráfico de entorpecentes. Ontem, ação da Polícia Federal (PF) levou oito suspeitos para trás das grades.
O desafio, no entanto, não se resume a coibir apenas o comércio ilegal de drogas. O crime está inserido em um ciclo que alimenta a violência, e vice-versa. Quem afirma é Luiz Flávio Sapori, especialista em segurança pública e professor da PUC Minas. “Na dinâmica da busca por lucro e mais mercados, surgem os homicídios e os roubos, outros dois grandes problemas”, explica.
Jovens
Nesse contexto, a atenção com os jovens deve ser prioridade, opina Márcia Alves, membro da Câmara de Articulação Intersetorial de Políticas sobre Drogas de Belo Horizonte. Segundo ela, o tráfico é a ocorrência mais comum entre as pessoas mais novas envolvidas com a criminalidade.
Relatório apresentado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), no mês passado, aponta que, dos mais de 8 mil adolescentes apreendidos na capital em 2017, 1.710 tiveram como motivação o comércio ilícito de entorpecentes.
“Como a legislação não estipula a quantia mínima para diferenciar traficante de usuário, a questão se torna ainda mais complicada. Na ponta, a definição fica difícil até para o policial que faz o flagrante”, avalia Márcia.
Conforme levantamento, 1.502 registros foram feitos em Belo Horizonte de janeiro a março
