Essa é a eleição dos profissionais, diz Governador de São Paulo sobre desistência de Barbosa

O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), classificou como "previsível" a desistência do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa de concorrer ao Planalto e afirmou que essa é a eleição dos "profissionais".
A matéria continua após a publicidade "Pensar que a disputa de outubro será dos 'outsiders' é um equívoco. Essa é a eleição dos profissionais. De quem está acostumado a ter estômago de aço e fazer arranjos políticos", afirmou França à reportagem. Segundo ele, a decisão de Barbosa não é um caso isolado: os apresentadores de TV Luciano Huck e José Luiz Datena, por exemplo, também desistiram recentemente de disputar a sucessão de Michel Temer (MDB). Em mensagem publicada em sua página no Twitter, nesta terça, Barbosa diz que tomou a decisão por razões pessoais. "Está decidido. Após várias semanas de muita reflexão, finalmente cheguei a uma conclusão. Não pretendo ser candidato a presidente da República. Decisão estritamente pessoal", escreveu. O ex-ministro do STF -que aparecia com até 10% nas pesquisas de intenção de voto- havia se filiado ao PSB na data limite para disputar as eleições, em 7 de abril, e, desde então, ele e a legenda faziam mistério sobre a candidatura. Segundo a Folha de S.Paulo apurou, Barbosa já havia dito a aliados que temia que as articulações de França e do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o cristianizassem na convenção do PSB, em julho, deixando-o sem apoio maciço da sigla. A retórica sobre a resistência da família em relação à sua candidatura presidencial seria usada, segundo amigos, caso um imbróglio com o partido se sobrepusesse ao desejo de Barbosa -como aconteceu. Isso porque, dizem, o filho Felipe, o mais refratário ao fato de o pai disputar a eleição, já estava sendo convencido do contrário. O medo do ex-ministro do STF era iniciar uma série de conversar com possíveis apoiadores, trocar a unanimidade da imagem de juiz pela roupa questionável de candidato, e, no fim, ser abandono pelo partido. O governador de São Paulo hesitava em estimular a candidatura de Barbosa e trabalhava para que o PSB apoiasse o tucano Geraldo Alckmin (PSDB), de quem é aliado de primeira ordem. Já Paulo Câmara avaliava que Barbosa atrapalharia alianças regionais para sua reeleição, com o PT e partidos mais à esquerda. Agora, ambos devem duelar para ver onde o PSB ficará posicionado na disputa presidencial de outubro.

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