Justiça absolve cunhado da apresentadora Ana Hickmann por morte de fã em BH

O cunhado da apresentadora de TV Ana Hickmann, Gustavo Henrique Bello Correa, foi absolvido do crime de assassinato contra o fã da artista,  Rodrigo Augusto de Pádua, em maio de 2016.  O crime foi num hotel do bairro Belvedere, na região sul de Belo Horizonte. Rodrigo invadiu o quarto onde Ana e sua assessora estavam e tentou matá-la. A juíza Âmalin Aziz Sant'Ana, titular do 2º Tribunal do Júri da capital, considerou que o réu agiu em legítima defesa. A matéria continua após a publicidade Segundo a Justiça, a gravação de um áudio, feito por celular, ajudou no esclarecimento dos acontecimentos dentro do quarto do hotel. “Ficou demonstrado, durante a instrução do feito, que os disparos efetuados pelo réu foram sequenciais, e não efetuados da forma como narrado na denúncia, que dizia que isso ocorreu com a vítima já desfalecida no solo, impossibilitada de oferecer qualquer resistência”, afirmou a juíza. O laudo pericial também confirmou a versão do acusado. "não foram encontrados indícios de que os disparos teriam sido efetuados com o cano da arma encostado na nuca da vítima". A juíza destacou ainda que houve luta corporal entre réu e vítima, sem que o fã largasse a arma e a tensão do réu, que ficou por 20 minutos, juntamente com as demais pessoas, sob a mira da arma. " O réu se deparou com uma situação que colocava em risco a sua própria vida e a vida de terceiros que estavam presentes no local”, afirmou a magistrada. Com isso, a juíza concluiu que não ficou comprovada a existência de “excesso culpável na legítima defesa”. O promotor Francisco de Assis Santiago informou nesta terça-feira (3) que vai recorrer da decisão. Relembre o caso: Rodrigo de Pádua morreu após invadir o hotel em que Ana Hickmann estava hospedada na capital, em maio de 2016. O jovem de 30 anos era de Juiz de Fora, na Zona da Mata, e indicava nutrir uma obsessão pela apresentadora. No quarto em que a modelo estava, Pádua rendeu o empresário Gustavo Correa e a mulher dele, a assessora Giovana Oliveira. Armado, ameaçou atirar nas vítimas, momento em que o empresário teria lutado com o rapaz, tomado a arma dele e atirado. Giovana acabou ferida. O homem morreu com três tiros na nuca. A apresentadora não se feriu. Na época, a Polícia Civil concluiu no inquérito que foi legítima defesa. Mas o MP questionou a tese. Para a promotoria, os tiros na nuca de Rodrigo Pádua evidenciam que o homem já estaria dominado e que os disparos poderiam ter sido evitados. A promotoria então ofereceu denúncia à Justiça como homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar. Em julho deste ano, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou o pedido de arquivamento do processo contra Gustavo Henrique Bello Correa.

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