Dono da Rodrimar depõe, entra em contradição e complica Temer

O depoimento do empresário do grupo Rodrimar Antônio Celso Grecco contradisse a versão do presidente Michel Temer (MDB) sobre os encontros que os dois mantiveram nos últimos anos. Grecco foi preso durante a deflagração da Operação Skala, na última quinta-feira (29), e disse que conversou com Temer sobre demandas de sua empresa no setor portuário. O problema é que, à Polícia Federal, Temer disse que nunca conversou sobre o tema com o empresário. A matéria continua após a publicidade A Rodrimar é uma das operadoras do Porto de Santos. Na última quinta-feira, 13 pessoas foram presas pela Polícia Federal depois de a PGR (Procuradoria-Geral da República) pedir autorização ao STF (Supremo Tribunal Federal). Além de empresários do setor portuário, foram presos dois amigos do presidente Temer: o advogado e ex-assessor de Michel Temer, José Yunes, e o coronel da PM aposentado João Batista Lima. Em depoimento prestado à PF nesta semana, Grecco disse que se encontrou com Temer quando ele ainda era vice-presidente e que conversou sobre um projeto de adensamento (integração) de três áreas concedidas à Rodrimar no Porto de Santos para a construção de um terminal de celulose da Eldorado, empresa que pertencia ao grupo J&F, então comandado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista. Segundo Grecco, o governo federal estava barrando a transferência da área para a Eldorado Celulose. O depoimento de Grecco à PF nesta semana contradiz a versão dada por Temer à PF em janeiro deste ano, quando ele respondeu, por escrito, a uma série de 50 questionamentos feitos pela investigação relativa ao caso. A PF perguntou a Temer qual era o nível do relacionamento entre o presidente e Grecco e se os dois já haviam se encontrado para tratar de assuntos relativos ao setor portuário. Numa das respostas, Temer negou ter falado sobre esse tema com o empresário.

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