Com o subtítulo
“Carta da Câmara da Vila de Tamanduá à Rainha – 1793”, último documento analisado pelo historiador mineiro Tarcísio José Martins, que há mais de 30 anos pesquisa sobre a história do negro no Brasil, o livro
“Roubando a História, Matando a Tradição” faz um estudo minucioso e inédito dessa Carta e de outros documentos importantes da História do Triângulo Mineiro e dos Quilombos do Campo Grande que, à Luz da Lógica Formal, ou seja, confrontados com fontes primárias, geográficas e cartográficas, comprovam definitivamente que a sua verdadeira história foi roubada do povo. A obra será lançada oficialmente no dia 5 de agosto durante a 25ª. Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
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Muitas já foram as descobertas do autor sobre a verdadeira história quilombola dos anos setecentos e que, inclusive, resultaram em sua trilogia
Quilombo do Campo Grande, mas faltava ainda comprovar o
conteúdo 100% ideologicamente falso contido na famosa Carta que a Câmara de Tamanduá enviou à rainha Maria I em 1793 (publicada pela Revista do Arquivo Público Mineiro em 1897)
e que levou a erro muitos historiadores. A oportunidade chegou em 2016, quando Tarcísio constatou que o Arquivo Público Mineiro disponibilizou um traslado original da Carta (de 1798) e alguns outros documentos na Internet...
“O último ovo da serpente que come a História era a carta da Câmara de Tamanduá à Rainha, de 1973. Resolvemos esmagá-lo de uma vez por todas”, enfatiza Martins que, nas 430 páginas da obra, com 52 ilustrações coloridas e mais de 900 notas de rodapé, revela detalhadamente as muitas informações que foram distorcidas nessa Carta para se anexar o Triângulo Goiano às Minas Gerais, bem como para deturpar e diminuir a gloriosa História da Confederação Quilombola do Campo Grande: muito maior que a de Palmares.
Configurando-se em uma importante obra que traz à luz a verdadeira História do Negro em Minas Gerais, também foi a primeira a ser agraciada com o
Selo Luís Gama de Publicação, criado pela Comissão da Verdade da Escravidão Negra e de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil (CEVENB) da OAB/MG. E ainda traz um alerta em sua contracapa aos que roubam a história: “
Porque não há coisa oculta que não venha a manifestar-se, nem escondida que não se saiba e venha à luz.” (Lucas 8: 17).
Sobre o autor:
Tarcísio José Martins é advogado aposentado, poeta, romancista e incansável historiador brasileiro, nascido em Moema/MG (1949). Dedica-se há mais de 30 anos a pesquisas a respeito da história do negro no Brasil, tendo publicado diversos livros (como a trilogia
Quilombo do Campo Grande) e artigos sobre o tema, inspirado premiado
documentário (Quilombo, do Campo Grande aos Martins - 2007, do cineasta Flávio Frederico) e recebido diversas homenagens (como a
Medalha Santos Dumont – Ouro 2013, concedida pelo Governo de Minas Gerais). Tarcísio também criou o site “
novo.mgquilombo.com.br” que, desde 1998, tem sido fonte de informações sobre a história do negro no Brasil para professores e alunos do ensino fundamental e médio. Além disso, ministra palestras sobre o assunto por escolas e instituições do país.
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Capa livro Roubando a História, Matando a Tradição (Foto/Divulgação)[/caption]
Sobre a MG Quilombo Editora:
Com o início das suas atividades em fevereiro de 2018, a MG Quilombo Editora se dedica à História e à Cultura Negra Mineira e tem suas raízes no site “
novo.mgquilombo.com.br”, que, desde 1998, tem sido fonte de informações sobre a história do negro no Brasil para professores e alunos do ensino fundamental e médio.
SERVIÇO:
Livro: Roubando a História, Matando a Tradição: Carta da Câmara da Vila de Tamanduá à Rainha – 1793 (430 páginas; 52 ilustrações; 930 notas de rodapé; R$ 100,00)
Autor: Tarcísio José Martins
Editora: Tejota Editor/MG Quilombo Editora
Lançamento em: 5 de agosto de 2018 (domingo), 16h
Local:
Estande da editora MG Quilombo (E100M) na
Travessa Literária da
25ª. Bienal Internacional do Livro de SP (3 a 12 de agosto de 2018 – Pavilhão de Exposições do Anhembi, Av. Olavo Fontoura, 1.209, São Paulo/SP)
www.bienaldolivrosp.com.br